Nunca gostei de Nápoles, que me pareceu feia, suja, desorganizada. E, porém, em outubro de 1911, quando Le Corbusier a descobriu, regressado de uma viagem ao oriente, encontrou nela os estímulos para definir a vocação de arquiteto.
Nos cadernos onde anotava apontamentos e fazia alguns esboços do que ia vendo, começou por confessar o fascínio pelas linhas verticais e horizontais identificadas na sua arquitetura caótica.
Houve depois o fascínio pela fachada da Igreja de Jesus Novo e as emoções suscitadas pelas cores dos frescos de Pompeia, que fundamentariam as ulteriores propostas de policromia nos edifícios, cada um deles significando algo de essencial .
A cereja em cima do bolo seria a visita às ruínas da cidade destruída pelo Vesúvio: o que sentiu no Forum foi um choque ao ver o vulcão e a nele ter um impressionante enquadramento. Foi o momento fundador para adaptar ao contexto envolvente tudo quanto depois iria projetar para construir...
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