Muito interessante o documentário que Samuel Barbosa fez na primeira pessoa sobre um cineasta com quem trabalhou. Realizado quase dez anos depois da morte de Paulo Rocha, abundam os testemunhos dos amigos e colegas de ofício e os extratos de alguns dos seus filmes, mormente de Os Verdes Anos que, em 1963, inaugurou o moderno cinema português.
Ascético e rigoroso no seu trabalho, Paulo Rocha muito deveu à influência de Wenceslau de Moraes, sobre quem rodou um filme memorável, que reflete a observação detalhada dos gestos e costumes de uma cultura, a japonesa, tão consonante com o seu carácter.
Como Luís Miguel Cintra confessa algumas soluções implementadas por Paulo Rocha nos seus filmes podem não parecer convincentes—quiçá roçam o ridículo! - mas inserem-se numa coerência, que deve ser respeitosamente compreendida...
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