Ruy Belo foi um dos grandes poetas da segunda metade do século XX português., razão mais do que bastante para alguns militantes esforçados da sua escrita organizarem eventos destinados a não deixá-lo cair no esquecimento. Como o que ontem decorreu no cinema Medeia Monumental e onde foi lido, entre outros, o poema por ele dedicado à impressiva protagonista de «Esplendor na Relva»:
“Eu sei que deanie loomis não existe/
mas entre as mais essa mulher caminha/
e a sua evolução segue uma linha/
que à imaginação pura resiste”.
E houve também lugar a recordações sobre o seu feitio muito singular. Como a situação testemunhada por Luís Miguel Cintra em 1966, quando tinha 17 anos: no dia do casamento com Teresa, em Vila do Conde “faltou à hora do casamento e alguém disse que se calhar se tinha distraído e ainda estava na pensão. O meu pai foi procurá-lo e lá estava ele: era fim de tarde e distraiu-se a ver o pôr do sol”.
Mas “o mais engraçado”, acrescenta o ator, é que “eram tão ingénuos, tão puros, que não tinham combinado onde iam passar a lua-de-mel, não sabiam o que iam fazer a seguir, e foi o meu pai que os meteu no carro, depois do copo-d’água, à procura de um sítio simpático onde os deixar”. Que foi em Espinho...
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