Todos lembramos o final de “Cinema Paraíso” de Tornatore em que era desvendada a bobine de pedaços de filmes censurados, neles vendo-se casais a multiplicarem-se em apaixonados beijos.
Esse tipo de montagem de extratos de filmes veio-me à mente ao ver este filme do irlandês Tadhg O’Sullivan, que juntou dezenas de imagens de origens diversas, em todas elas manifestando-se o fascínio suscitado pela Lua. A coerência é-lhes conferida através de uma montagem sonora, que a todas interliga num registo poético e hipnótico. Resulta assim um filme de setenta minutos de fruição em estado puro com momentos de superlativo deslumbre. Que dispensam encómios detalhados, porque é experiência visual que nos deixa sem palavras...
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