Não é a Nova Iorque glamourosa, que encontramos nos primeiros filmes de James Gray: pelo menos até Immigrant, que realizou em 2013 para evocar a grande cidade a que chegaram os antepassados polacos no início do século XX, ele privilegiou os temas relacionados com quem veio de outras paragens e optou pelo crime como forma de subsistência, mesmo que tal servisse para dividir as famílias e trair quem pudesse merecer maior deferência.
Revendo o filme em que Edward Furlong interpreta o papel de irmão mais novo de um assassino a soldo regressado ao bairro onde vivera para reencontrar os de quem se afastara, temos um sopro de tragédia grega numa história sobre a perda de inocência, as fraturas edipianas e os indesejados assassinatos, que se perpetram por acidente.
Nos anos mais recentes James Gray reciclou-se em grandes produções, que pouca relação parecem ter com a fase inicial da sua filmografia, mas esses primeiros títulos continuam a ser incontornáveis, quando pensamos nos que melhor nos ajudem a compreender a cidade que nunca dorme...
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