quarta-feira, setembro 27, 2023

Big Bounce em vez do Big Bang?

 

Quase invariavelmente a ciência tem avançado quando põe em causa  uma verdade até então dada por adquirida e pondera a possibilidade de uma outra, mais provável, a substituir. É o que está a suceder com a teoria do Big Bang, que o George Lemaitre propôs em 1927 como explicação matematicamente viável para a constatação do universo estar em expansão e para a resposta à pergunta de se saber donde proviria a matéria, que compõe, não só tudo quanto existe na Terra, mas em toda essa infinita realidade.

Se Albert Einstein, que começou por acreditar num universo estático, pôs em causa a interpretação de Lemaitre dos cálculos que, porém, considerava corretos, acabou por reconhecer o erro e até qualifica-lo como a maior burrice que alguma vez cometera. Nasceu assim o conceito de Singularidade, esse ponto donde explodiria toda a matéria e, com ela, o espaço e o tempo.

Para a questão de se saber o que haveria antes surgiria uma resposta incontornável: nada!

Há, porém, quem duvide desse modelo, incontestado há quase um século, e proponha uma outra hipótese: se o buraco negro for o portal para um outro universo e tiver sido por um deles que o nosso emergiu a partir de outro incomensuravelmente maior? Podemos provir de um buraco negro, ou mesmo viver num, sem disso nos darmos conta?

Embora tidos por perigosos e vorazes, o físico e cosmólogo Nikodem Poplawski considera possível comprovar matematicamente que vivemos dentro de um desses buracos negros e o Big Bang mais não teria sido do que um Big Bounce, ou seja, um impulso dado à matéria, que já se encontrava no seu interior. Hipótese ainda muito controversa nos meios científicos...

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