Epifania pode classificar-se o que Le Corbusier conheceu na juventude ao visitar as ruínas de Pompeia. Se a arquitetura romana não o impressionara, por muito que viesse a influenciar-lhe a obra posterior, o enquadramento dos edifícios do século I d.C. com o Vesúvio, deu-lhe conta de quanto a construção de um edifício tem obrigatoriamente de considerar o espaço à sua volta.
Tanto terá bastado para olhar com outra perspetiva o exemplo de planeamento urbano ali implementado e como se traduzira na arquitetura doméstica e no espaço público. O recurso á luz natural inspiraria os ambientes claros e arejados dos seus mais emblemáticos edifícios, onde as plantas livres e flexíveis não desdenhavam dos átrios e peristilos vistos à beira do vulcão, nem tão pouco das proporções harmoniosas tão características da arquitetura clássica.
Para Le Corbusier a cidade romana foi um laboratório a céu aberto onde pode estudar as relações entre os espaços internos e externos e a adaptação da arquitetura ao clima e ao terreno. E assim ajudou a revolucionar aquela que, desde a Antiguidade, é uma das mais reconhecidas artes...
Na mesma viagem, Le Corbusier olhou para a vizinha Nápoles como um museu, que o interessoupelos seus palácios barrocos, igrejas e edifícios populares, muitos deles a garantirem-lhe um acervo de soluções espaciais e construtivas, que aplicaria abundantemente na obra prestes a revelar-se.
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