1. Quarenta dos cinquenta Estados norte-americanos permitem o casamento com crianças, incluindo a “progressista” Califórnia. Quase sempre num contexto religioso - nas igrejas evangélicas e outras seitas de crenças esdrúxulas - esses matrimónios oficiais obrigam rapariguinhas a fazerem-se violar legalmente por homens adultos numa demonstração de como a pedofilia pode mascarar-se de muitas formas, que branqueiam os criminosos e vitimam as suas presas.
Apenas mais uma evidência sobre as contradições de um país de muitas disfuncionalidades perpetradas à sombra dessa ofuscante (in)cultura de que se faz apanágio o trumpismo.
2. Numa (des)informação generalizada, que está a normalizar o Holocausto imposto às populações palestinianas de Gaza e da Cisjordânia desde que o Hamas deu o pretexto com os crimes de 7 de outubro, fazem falta as muitas reportagens sobre outros crimes quotidianos praticados por milícias das colónias ilegais armadas pelo exército israelita.
Acabo de ver uma dessas raras peças jornalísticas, apresentadas no canal franco-alemão Arte, e é fácil compreender como as crianças, que se veem com a arma de um colono encostada à têmpora, perante os progenitores a serem agredidos e humilhados, alimentarão para sempre um ódio capaz de explicar os seus futuros gestos vingativos.
Claro que os dirão “terroristas”, mas quem os terá levado a tal condição?
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