Está quase a fechar a Feira do Livro deste ano e foi natural interessar-me, de entre os lançamentos mais recentes, pelos que têm a ver com os temas da mortalidade, efeito natural da idade avançada e da doença, que assombram os dias cá em casa.
Quanta saudade dos tempos em que, miúdo, ia em busca de livros de aventuras ou ficção científica, seguindo-se os clássicos de leitura obrigatória, e logo os romances - preferencialmente de língua lusa! - que reportavam e questionavam a história recente ou o turbulento presente em que os valores se viravam do avesso.
Desta vez olho com interesse para os “ses” de que são feitas as biografias , tal como os enfatizou Brigitte Giraud em «Viver Depressa» a respeito da perda do marido há um quarto de século num acidente de mota, ou Anabela Mota Ribeiro noutro exercício de autoficção, «O Quarto do Bebé», mesmo que atribuindo a uma personagem chamada Ester, o que sabe sobre não passar pela maternidade , mormente por causa de um cancro, que lhe apressa o relógio biológico de forma irreversível.
Felizmente temos o matemático Celso Costa, vencedor do Prémio Leya, a dar-nos conta das pessoas extraordinárias conhecidas nas sucessivas fases do seu percurso académico.
Se, à partida não sentira grande propensão para conhecer «A Arte de Driblar Destinos», a entrevista dada a Luis Caetano na Antena 2, decidiu-me a infletir a decisão. Porque parece mesmo valer a pena esse otimismo perante os obstáculos, mesmo sabendo insuficiente essa arte para driblar aqueles que, intimamente, nos esperam...
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