A imagem é terrível embora o fotógrafo, Adem Altan, tenha tido o incentivo do retratado para captá-lo. A par de outras da mesma sequência, igualmente conhecidas na imprensa internacional de fevereiro deste ano, vê-se um homem de colete laranja parado no meio da confusão de outros socorristas, que procuravam sobreviventes no prédio onde vivia em Kahramanmaras, na Turquia, após o terramoto, que reduziu cidades e vilas a montes de escombros.
Ele segura a mão fria da filha adolescente, porque nada mais pode fazer do que aguardar pelo momento de dali a retirar e dar-lhe conveniente sepultura. Mas é pertinente a dúvida quanto a olharmos para este testemunho com a perversa curiosidade dos voyeurs, ou se somos instados a solidarizarmo-nos com o sofrimento de quem, nessa assumida vontade de se expor ao mundo, busca impossível alívio!
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