Esta foi a última das sinfonias do compositor e há quem a considere uma das obras canónicas do repertório romântico.
Brahms compô-la no verão de 1884 e 1885, quando passava férias em Mürzzuschlag, uma cidade montanhosa na Áustria. Um ano antes ele concluíra a Sinfonia nº 3, mas quis que esta fosse muito diferente dessa obra anterior, mais sombria, se não mesmo acentuadamente trágica.
Autocrítico e ansioso quanto à receção das novas obras, Brahms tocou uma versão desta para dois pianos tendo por seleto público um pequeno grupo de amigos, entre os quais o crítico Eduard Hanslick e o cirurgião Theodor Billroth.
A reação inicial de alguns desses amigos foi de perplexidade, mas Hanslick acabou por elogiá-la efusivamente. A estreia oficial, com Brahms a dirigir a Orquestra da Corte de Meiningen, ocorreu a 25 de outubro de 1885 e foi um grande sucesso.
Acredita-se que Brahms estava a refletir sobre a sua própria mortalidade e o futuro da música no final do século XIX, dadas as grandes mudanças então em curso. O uso da passacaglia no último andamento sugere uma ligação ao passado e um profundo respeito pelas tradições musicais, em particular Bach, cujo tema de uma cantata serviu de base para esse movimento.
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