domingo, novembro 26, 2006

OS PLANOS DE UM ARRIVISTA

No «Diário Económico» o comentador Raul Vaz diz que «sempre que surge uma oportunidade. Durão Barroso reaperece. Em Portugal, onde pensa continuar a sua carreira política. Uma conferência, uma exposição, a celebração do segundo aniversário da sua Comissão…»
Eu que conheci tal personagem no Liceu de Almada nos idos anos 70, quando no seio de uma geração de colegas fadados para virem a ser todos brilhantes e capazes de virarem o mundo do avesso, ele passava completamente despercebido na sua já então gritante falta de ideias próprias, criei a seu respeito uma antipatia corroborada nas décadas seguintes.
No MRPP ele era o exemplo típico do provocador infiltrado, que justificaria as dúvidas de quem via nesse maoísmo a presumível influência de serviços secretos estrangeiros.
Quando o seu carreirismo no PSD/PPD o levaria a primeiro-ministro nunca nele se veria qualquer capacidade para - apesar da maioria absoluta garantida na sua coligação com Paulo Portas - qualquer intenção nem capacidade para empreender as imprescindíveis reformas agora assumidas por José Sócrates.
A sua cinzenta mediania prossegue na Comissão Europeia para onde se candidatara - segundo o livro agora publicado pelo seu comparsa Santana Lopes - quando supostamente andava a defender uma candidatura alheia.
Tudo em Durão Barroso lembra a mediocridade dos arrivistas, que utilizam os menos escrupulosos meios para almejarem mordomias para as quais os seus talentos jamais chegariam em condições normais. Que ele se ande por aí a preparar para eventuais futuros políticos no país só nos deve deixar alerta. Para jamais deixarmos esquecer a quem nos possa ouvir que esse personagem político esteve um dia ao leme do país e, vendo-o em tormentosas dificuldades logo se apressou a saltar para fora dele…

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