domingo, novembro 26, 2006

ARNOLD FANCK: «A MONTANHA SAGRADA» (1926)

Diotima é bailarina. Apaixonada, ela dança por todo o lado, mormente junto ao mar aonde ela capta a energia da espuma das ondas.
Procurando novas sensações ela parte para a montanha. Numa estação de desportos de Inverno ela trava conhecimento com Karl e Vigo, dois amigos apostados em aproveitar o tempo para esquiar e subir às montanhas em redor.
Ambos apaixonam-se por ela, descobrindo essa coincidência numa escalada a dois, que acaba de forma trágica. Apesar dos esforços de Diotima para ir em seu socorro…
Lá no alto, na montanha, os céus enevoados, os glaciares ameaçadores, as fendas impressionantes e as silhuetas humanas perdidas na imensidão são as características do cinema de Arnold Fanck, já então um mestre do filme de montanha, género por ele criado desde o início da década de 20.
Os seus primeiros filmes atraíram muito rapidamente a atenção do público alemão, que busca no regresso à natureza uma forma de diversão para o clima político e económico da época.
Entre os seus admiradores está Leni Riefenstahl, uma jovem bailarina para quem ele concebe o papel de Diotima. A colaboração entre ambos prosseguirá durante mais cinco filmes, todos eles dedicados ao tema da montanha: «O Grande Salto» (1927), Prisioneiros da Montanha/ O Inferno Branco de Piz Palu» (1929), «Tempestade no Monte Branco» (1930), «Embriaguez Branca» (1931) e «S.O.S. Iceberg» (1933).
É durante a rodagem de «A Montanha Sagrada», que Leni Riefenstahl começa a interessar-se pela carreira de realizadora. Os filmes de Arnold Fanck, que mostram os poderes irracionais da natureza sobre o homem, foram classificados como precursores do nazismo.
Leni Rifenstahl será a sua representante oficial com «Os Deuses do Estádio».

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