domingo, dezembro 10, 2006

RECORDAR PHILLIPE NOIRET

Na televisão francesa passa um filme quase desconhecido com o actor Philippe Noiret, que acaba de morrer.
Não era daqueles actores, que motivassem a imprescindibilidade da deslocação ao cinema para ver o que interpretava, mas sabia-se de antemão a agradabilidade de tais títulos e a superlatividade da sua interpretação.
Ele começou por nos chamar a atenção n’«A Grande Farra» do Marco Ferreri, que tanto escândalo causou nos meses subsequentes ao 25 de Abril.
Depois era ele um dos divertidíssimos foliões, que iam dar chapadas nos passageiros de comboios distraídos nos seus acenos de despedida em «Meus Caros Amigos». E, já na sua idade mais provecta, seria ele o projeccionista do comovente «Cinema Paraíso» ou o poeta Neruda a quem o carteiro ia levando a sua correspondência.
Poderia aqui evocar outros títulos, mas bastam estes para comprovar a previsão de se tratar de um daqueles nomes da sétima arte, que perdurarão nas nossas memórias por uns bons e largos anos…

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